terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Desafios da IIoT


Identificando as Coisas dentro da Internet

Para que as Coisas possam ser capazes de comunicar umas com as outras, elas precisam de uma identificação única dentro da Internet. Historicamente, isto foi conseguido através da atribuição de um endereço Internet Protocol (IP). Como a indústria preve que trilhões de Coisas serão conectadas, o foco foi para a adoção do padrão IPv6, que define um endereço de 128 bits capaz de identificar unicamente 340 undecilhão (340 x 1036) de itens endereçáveis (em comparação com apenas 4 bilhões de itens endereçáveis usando o padrão IPv4). Embora esta faixa seja mais do que suficiente para atender as necessidades da IIoT, será difícil, se não for impossível, gerenciar isto de forma eficaz na escala global da Internet. Normalmente gerenciado por Autoridades Reguladoras de Atribuição de Nomes e Endereços com a ajuda de Administradores de Rede, isto será um impeditivo a medida que as Coisas são adicionadas a uma taxa sem precedentes.

Descobrindo Coisas e os Dados que Elas Possuem

Uma vez que uma Coisa possa ser identificada, o desafio seguinte é como outras partes interessadas irão descobrir que ela existe e que dados que ela possui. Naturalmente, uma Coisa deve ser capaz de restringir descoberta de todos ou de alguns de seus dados com base em requisitos de segurança. Equilibrar a facilidade de descoberta com restrições rígidas de segurança será fundamental para o sucesso da IIoT e deve ser alcaçada sem um PhD em segurança cibernética.

Gerenciando quantidades maciças de dados

Estas trilhões de Coisas vão produzir muito mais do que trilhões de pontos de dados (atualmente indústria mede isso em zettabytes ou 1021 bytes), os quais terão de ser coletados, analisados e possivelmente arquivados. Trafegar esta quantidade de dados através da Internet irá consumir novos níveis de largura de banda, o que poderia resultar na degradação do serviço, bem como en custos mais elevados de operadoras, prestadores de serviços e, finalmente, usuários finais da Internet. Além disso, arquivar esses dados para análise futura exigirá enormes quantidades de armazenamento de dados e uma nova geração de soluções escaláveis para melhorar os pontos de interesse em um tempo hábil.

Lidando com Interrupções de Conectividade

As Coisas que compõem a IIoT, bem como os meios de comunicação que as conectam, não estarão disponíveis 100 por cento do tempo. Enquanto que algumas paradas podem ser programadas, haverá mudanças físicas ou ambientais que resultarão em paradas intermitentes ou de longo prazo. A gravidade dependerá se a perda de dados é inaceitável ou se a criticidade de variações nos dados precisa ser conhecida em tempo real.

Integrando a Infra-estrutura Existente em Novas Estratégias da IIoT


Coisas industriais fizeram dados acessíveis em redes privadas por décadas através da implementação de protocolos abertos ou proprietários. Para alcançar o sucesso nas áreas de otimização de rede e integração de terceiros, complexidades como segurança foram largamente ignoradas. Sendo que o ciclo de vida típico de Coisas industriais excede vinte anos, haverá uma expectativa de integrar o existente em novas estratégias da IIoT. Abrindo essas redes privadas e os dados que elas contêm para a Internet vai exigir avaliações de segurança detalhadas para minimizar o risco de exploração.


Tradução livre do capítulo Desafios da IIoT do eBook “Industrial Internet of Things and Communications at the Edge ” do CEO da Kepware, Tony Paine